quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Senso comum e felicidade

Se desfaça de todo e qualquer preconceito
Se desamarre das convenções
Não aceite o que te impuserem como verdade absoluta
Porque ninguém melhor que você sabe das suas próprias verdades
Ninguém melhor que você sabe o que te faz feliz
E o que te fizer feliz abrace sem medo
Mesmo que ninguém mais entenda
Porque é você quem faz as suas escolhas
E é você também quem vai conviver com elas

Saia da zona de conforto que mantém seguro com certezas e padrões pré-estabelecidos
E não tenha vergonha de ser diferente daquilo que esperavam pra você
Se relacione com aqueles que te aceitarem do jeito que é
Sem tentar te moldar, acabando, assim, com a sua essência
Porque tentar agradar é pra quem não acredita que a verdade seja suficiente.
Escute as críticas, mas leve em conta só o que for construir de verdade
O resto jogue fora sem medo de perder alguma informação importante
Se for importante, uma hora você vai acabar descobrindo

E no fim das contas, podem até estar certos sobre o que dizem
Você pode quebrar a cara com as escolhas que fizer
Mas você, e ninguém além de você, vai saber se as consequências valeram ou não a pena
Porque ninguém além de você pode andar seu caminho.


Autora: Tallyssa Sirino

Moda lisa

A história que vou narrar conta com Isa, conhecida de sempre que, como quase todas as mulheres, resolveu ficar com o cabelo liso.
- Ter cabelo liso tá na moda! - ela disse.
- E só por isso você vai gastar tanto dinheiro numa escova? É melhor você fazer hidratação sempre, assim ele fica mais liso e melhor para secar. Tem tanta coisa melhor pra gente gastar o dinheiro do que numa escova dessas...- tentei argumentar. 
- Sharon, não é uma escova qualquer! É escova tailandesa.
- Não é japonesa?
- Por favor, Sharon! Como você é super desatualizada! A japonesa já era, já foi! Depois dela vieram a chinesa, a marroquina, a cubana e a vietnamita. Agora a ''tai'' chegou pra ficar. E ela nem se compara com a de chocolate, a de morango com champanhe, a de gelatina diet e a de argila tibetana com cebola roxa.
- O que? Existem todos esses tipos de escovas? Tô pasma.
- Sharon, as outras são passados, a ''tai'' é a última novidade em matéria de alisamento espetacular natural. Eu vou parecer uma índia no casamento da minha prima.
- Porque você não faz uma escova comum?
- Porque essa dura 3 meses, fortalece o cabelo, dá brilho, reestrutura, alimenta o couro cabeludo, massageia os fios, regenera as partes danificadas e intensifica a cor. É praticamente um spa capilar!
- Duvido, quando a esmola é muito o santo desconfia...cuidado...
- A sobrinha da cunhada da namorada do vizinho do professor de pilates da minha tia fez e amou. E além disso, são só sete horas no salão, passa rapidinho.
"Rapidinho'' não era exatamente a palavra, mas eu não tinha como tirar essa obsessão lisa do cabelo dela.
Chegou o dia e ela fez a tal escova. Quebrou o cabelo. Queimou o cabelo. Enfraqueceu o cabelo. Caiu cabelo. E, pior, o liso só durou um dia, no outro dia ela parecia um porco-espinho eletrocutado, com o cabelo todo arrebentado e frisado, uma coisa assim, como dizer...de outro mundo.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Se aceite do jeito que é

Fim de ano é sempre a mesma coisa: todo mundo tem planos e faz uma listinha de desejos e metas a cumprir para o ano que está chegando.
No dia 31, as pessoas só pensam em melhorar, em beijar mais (eu no caso rs) em ser mais legais, mais pacientes...Ano passado, eu prometi que ia fazer de tudo para ficar gostosa! Queria que passassem por mim na praia e perguntassem: o que é aquilo? Uma pedra? Nãão! É a bunda da Sharon, a bunda mais dura e lisinha do Brasil.
A verdade é o seguinte: a bunda continua igualzinha a do ano passado, mesmo depois de eu ter voltado pra academia. (Não adianta, eu começo e paro, gosto mesmo é de ficar com a buzanfa na cadeira o dia todo) e com as celulites de sempre, apesar do meu empenho em comer menos coisas gordurosas e nos gastos com cremes que prometem uma pele sem furinhos. Por isso, neste ano vou prometer uma coisa só: gostar de mim do jeito que sou. Pra que querer uma bunda nova, se a velha tá ótima? O que é que tem uma celulite aqui, outra ali? A gente não fica olhando pra trás o dia inteiro, a gente só vê nossa bunda quando se contorce na frente do espelho. Portanto, eu não tenho celulite, porque não as vejo se não quiser. E o que os olhos não veem o coração não sente (quem dera se fosse tão fácil assim). A barriguinha, ah!...O que seria das mulheres sem um pouquinho de carne na região do umbigo? Não é gordura, é gostosura. Além do mais, desde quando é necessário ter uma barriguinha lisa pra ser feliz? Uma perna dura que não balança? A vida precisa de balanço, não é minha gente? Existem tantas coisas para a gente se precupar: notas, cursos, pais, saúde, futuro, garotos. Aliás, eles nem ligam pra celulite. É a gente que liga. Por quê? Porque a gente é chata e boba de cair nessa busca pela beleza. Afinal, que diferença faz no nosso dia-a-dia ter um corpaço? A cabeça estando em ordem e a felicidade a mil quem ligam pra flacidez e celulite? Gosto de bolo, empada e batata frita. E ao contrário de atrizes, modelos, mulheres-frutas e ex-BBBs, não vivo da minha imagem, portanto não preciso ser perfeita. Perfeito seria o mundo que a gente se preocupasse mais com a parte de dentro do que de fora. Sei que dizem que quem gosta de beleza interior é decorador, mas aposto que esta piada quem fez foi alguém de bem com a vida e com o espelho. Com celulite pra dar e vender, e um sorriso escancarado no rosto!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Copiaram meu relatório!

A algumas semanas meu computador foi levado à assistência por problemas que não interessam. Precisei escrever à mão um relatório da aula de física laboratorial. Pedi a Sharon que, por favor, digitasse. No momento da correção, fomos chamados pelo professor, um senhor com olheiras de vampirofeiodasagacrepúsculoflop e um sorriso com falta de colgate total 12 limited edition, para conversar.
Sem entender fui até lá com Sharon, já sem cor até no esmalte das unhas, ficou ao meu lado, que estava calada.
"Quem copiou quem?"
"O que?"
As páginas foram sendo folheadas pelas mãos do professor e fui vendo uma cópia exata do meu relatório.
"Vejam só, alguém mudou o final. Senhorita Sharon usou a palavra "barco" para descrever empuxo e o senhor Alexander, "navio"."
"Professor, eu escrevi sozinho esse relatório!"
"Pois não parece. Já que dividiram as idéias do relatório, irei dividir a nota! Sentem-se"
Moral da história: Se for pego copiando alguém, f*da-se mas leve alguém junto, de preferência seu melhor amigo, pois vai precisar de companhia.
P.S.: Quanto à Sharon, não brigamos, rimos até hoje. Afinal, eu sempre copio as provas dela.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Na noite em que (quase) peguei o ônibus

É comum um simples mortal como eu, chegar à parada de ônibus sempre 15 minutos antes do ínicio de um dia de aula. Nesse dia que descreverei, porém, tomei um belo surto de raiva. Estava eu, pensando nas inúmeras tarefas que tinha para terminar naquele dia (trabalhos, contas, almoço, encher o saco da Sharon, etc) e meu ônibus se aproximava. Como de costume, educadamente e com um sorriso (de Zé Mané) estapando no rosto, fiz sinal ao motorista. Este (energumeno, barbeiro, filho de uma "senhora") senhor, fez o favor de parar o seu veículo a nada menos que 20 metros de distância da parada. Lembram do meu sorriso convidativo? Pois então, simplesmente desapareceu e o rosto de um insatisfeito e corinthiano (nada contra, risos) surgiu. Caminhei friamente até a porta do ônibus e, quando estava prestes a subir, o belo senhor (para não elogiá-lo de outra forma) deu arranque e eu fiquei com cara de Justin Bieber perdendo o grammy para Esperanza Spalding (aposto minha unha encravada que vocês nem sabem de quem se trata essa fulana aí). Continui ali, parado, e pouco a pouco virei o rosto de um lado a outro e, para minha sorte, não haviam pessoas na parada e nem ao redor (ufa!). Pelo menos, naquele momento, eu não precisaria procurar por qualquer buraco para fazer o papel do avestruz.
Passado isso tive uma ideia: atravessei a rua, pois sabia que o ônibus daria a volta. Esperei o mesmo motorista, no mesmo ônibus passar pela parada e fiz sinal novamente. Ele parou! Subi calma e friamente, e perguntei: "Com licença, o senhor sabe me dizer onde fica a Kitty?". O motorista sem entender, pergunta: "Kitty? Não! O que é Kitty?". Abri um sorriso e respondi: "A Kitty pariu! Seu FDP, você não viu que eu estava prestes a subir nessa lata com 4 rodas? Já anotei sua placa, seu animal, e com certeza irei lhe denunciar!"
Bem, garanto que ofensas não importam agora. Mas desci do ônibus antes que ele me fizesse de refém e me jogasse do veículo em movimento. E para minha maior surpresa, uma maioria significativa de passageiros aplaudiu!
Portante, caros leitores, aprendam duas coisas nessas situações: nunca passem por um vexame desses quando a parada de ônibus estiver lotada; segundo: tentem nunca passar por isso.
Abraços e até a próxima

Sua vida é perfeita... Em propaganda!

O visual pode até ter evoluído graças à magia da computação, mas o fato é que os apelos dos comerciais de TV continuam os mesmo desde a época em que dona Hebe brincava de amarelinha. Para prova a teoria, aí vão dez itens que só acontecem no mundinho perfeito das propagandas:

1. As mulheres tem cabelos lisos, brilhantes - Até parece que o Brasil não é o país das misturas de raça! As garotas propaganda, principalmente as de xampu, são sempre arianas;

2. Os aparelhos de barbear são voadores - Esse é um fenômeno para ufólogos: por que os aparelhos de barbear vem voando para a mão do homem? E que homem fica na frente do espelho sorrindo e passando a mão no rosto?

3. Café da manhã é sempre em família - Papai, mamãe e irmãozinhos sentam-se felizes à mesa posta com capricho. Na nossa casa, cada um acorda num horário diferente e já não há duas xícaras iguais a décadas;

4. Mulher? Só com aliança na mão esquerda - Para poder pegar no pote de margarina ou na caixa de sabão em pó, mulher tem de ser casada. E também tem de usar roupas chiques e em tons pastel para fazer faxina;

5. Carros só andam em estradas lindas - Automóveis, em propagandas, não pegam trânsito nem caem em buraco. As estradas são sempre livres e limpas. Ou encontram-se no meio do mato e perto de cachoeiras;

6. Provedores de internet são ultra-rápidos - O jeito mais fácil e rápido de conectar é através de comerciais de TV! O download não cai no meio... Só no concorrente, é claro;

7. Doentes são sempre impecáveis - Os enfermos, sejam de dor de cabeça, garganta ou gripe, permanecem arrumados e penteados, mesmo sofrendo. Camiseta de político, meião e nariz escorrendo não tem vez;

8. Mulher que usa absorvente é triatleta -  Quando estão "naqueles dias", as mulheres costumam ter disposição para nadar, correr, dançar, andar de bicicleta e trabalhar, tudo em 24 horas. Fora que elas mestruam azul;

9. Pratos como no restaurante - Pode ser o mais simpes arroz-feijão-farofa: em propagandas, as comidas recebem até folha de salsinha para enfeitar! E os sanduíches perfeitamente montados, então?

10. Porta de banco nunca trava - Comercial de banco é uma beleza. Todo mundo entra e sai feliz, não tem fila, o gerente vive de bom humor e as portas nunca travam. Isso sem contar que sempre tem café fresquinho pra servir...

Primeira carta ao leitor.

Imaginamos como seja difícil a muitos blogueiros escrever o primeiro post. Pois bem, estamos mentindo, porque não fazemos idéia desse sentimento. Na verdade, estamos em um momento “vamos matar nosso vizinho que está tocando pagode com os amigos na casa ao lado”. Desculpem, mas começamos errado, pois não nos apresentamos: somos Zachary Alexander e Sharon, ambos blogueiros fictícios porém com aventuras reais, e juntos iremos lhes trazer o melhor de nossas crônicas e alfinetadas ao redor do mundo. 
Esperamos não decepcioná-los, caros leitores e leitoras, pois nossa expectativa de se deliciar em torno de uma história real bastante hilária é tão grande quanto as suas. Não é a toa que criamos esse blog. 
Vale lembrar que nossas publicações oficiais das crônicas serão sempre aos domingos. Porém, nada nos impede durante a semana de trazer alguma bomba “baphônica” para vocês. Na verdade, é nossa obrigação demonstrar assiduidade e responsabilidade, sem perder o sarcasmo e o bom humor. 
Não iremos prolongar essa carta inicial, se não fica chato. Mas não esqueçam: se o que lerem aqui for muito semelhante a algo que vivenciaram, não se assustem, pois tudo aqui será real, nada de plágio (assim como Born this Way também não foi, risos). 
Abraços, Zachary Alexander e Sharon.